sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A ORIGEM DAS FLORES DA TERRA.




O Senhor de Todas as Estrelas, num dia pleno de alegria, inspirou-se a criar a Terra...

Buscando em seus próprios ossos os códigos para suas estruturas, materializou o Fogo e, a partir dele, o Reino Mineral: as pedras, as rochas, os cristais; deu aos minerais a tarefa da sustentação.

De seus músculos retirou a matriz para a Mãe Terra e modelou as montanhas, as serras, cavernas e cânions... Deu-lhes a tarefa do acolhimento...

Pela sua respiração, deu movimento aos ares, à brisa, aos ventos... Deu-lhes a tarefa de conduzir...

E à chuva, ao sereno, à garoa, aos vulcões, aos mares, aos rios, às geleiras, aos córregos, às fontes e às cachoeiras deu os caminhos... Neles colocou o sopro da inspiração e as sementes da vida...

Revestiu seu corpo, carinhosamente, com as células de seus cabelos e fez-se o reino Vegetal. Nele registrou a nutrição aos reinos Animal e Humano.
Pincelou os céus, as nuvens, os raios, os relâmpagos e trovões, o sol poente e nascente, o horizonte... O arco-íris ao redor do planeta azul...Tudo com seus dedos de raios luminosos...

Em seu encantamento desenhou, realizou e colocou a passear por Ela, a Terra, animais das mais variadas espécies, colocando neles os registros dos seus princípios mais dignos e misteriosos.

Esmerou-se e, buscando ainda mais plenitude, criou o Humano à sua imagem e semelhança. Depois, oferecendo-lhe seu maior legado de Amor deu-lhe livre arbítrio, selando-o com a liberdade sagrada.

E cada qual em sua criação recebeu sua fagulha em forma de Espírito, para ser eterno...

No Sétimo dia... Vendo concluída sua Obra, o Criador recostou em seu Trono de Luz e descansou...

Foi então que adormeceu e sonhou...

Sonhou que muito tempo havia se passado e que o Humano, sua obra-prima, havia se perdido em ilusões, tinha esquecido sua origem sagrada e, por isso, causado muitos desequilíbrios. O humano havia adoecido o próprio espírito.

Sendo assim, muitas doenças haviam tocado seus filhos. Eles tinham dores, haviam perdido os princípios e a ética. Enlouquecidos, matavam uns aos outros, lutavam entre si achando que a Terra era deles...

E o Criador acordou chorando...

Sua compaixão era tanta que suas lágrimas pingaram por toda a Mãe Terra...

Depois, por alguns momentos, Ele parou de chorar e olhou para a Terra... Tranquila, amada, quieta... Tudo corria bem.

Suas lágrimas haviam salpicado todas as florestas e os desertos, planícies e planaltos, as caatingas e os brejos, os mangues, as encostas das montanhas... Em todas as entranhas da terra havia uma lágrima divina...

Tudo estava em ordem. Mas Ele sabia que seu sonho se tornaria real, que um dia seus filhos se perderiam em ilusões...

Sua mente sagrada silenciou o Eterno Infinito...

Seu Espírito emanou a Clara Luz Divina...

Seu coração se uniu à ação manifestada quando pulsou no mais Puro Amor...

Ele vibrou em Verdade e desejou curar sua descendência...

Seu Silêncio reinou na Terra e todos os reinos se calaram.

Suas lágrimas foram tomando vida nas mais diversas geometrias sagradas, com infinitas cores e nuances... Infinitos aromas, óleos essenciais e néctares...

Conduzindo polens e ovário, Masculino e Feminino num mesmo Ser, carregando seus códigos e as suas essências sagradas... Nasceram as FLORES!

Era o oitavo dia, o dia do Eterno Tempo Sem Fim...
 

Nesse dia o Grande Espírito demonstrou sua mais expressiva forma de perdão e compaixão: determinou às Flores, que despertassem nos Homens a lembrança de seu legado divino...
A partir daí, a Sagrada Missão das Flores é oferecer sua essência para a Cura ao Espírito dos Humanos...


*Dedico este texto à minha Mãe, ela me ensinou o Caminho Sagrado das Flores, e ao meu Pai, que me mostrou o Espírito do Girassol...


Inspiração: Maria Lúcia Brenelli*

Primavera, 2012

gratidão especial para Paula Thomaz Fukuda
(revisão de texto)


 

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